Mercado Financeiro: Semana – 23 a 27 de Junho

A última semana de junho foi marcada por fortes oscilações nos mercados financeiros globais, impulsionadas por tensões geopolíticas, decisões de política monetária e indicadores econômicos relevantes. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, operou com volatilidade, encerrando a semana em leve alta acumulada, apesar de quedas pontuais. Sendo assim, a semana também trouxe desdobramentos importantes da guerra na Ucrânia, o agravamento do conflito entre Israel e Irã, além de elevações nas taxas de juros no Brasil.

Segunda-feira (23/06) – Cautela e cenário externo incerto

Apesar da ausência de dados de abertura do Ibovespa, a segunda-feira fechou em queda de -0,41%, com o índice aos 136.551 pontos. O mercado reagiu negativamente à escalada das tensões no Oriente Médio, após o Irã lançar novos ataques a posições israelenses, o que elevou o preço do petróleo e acentuou a aversão ao risco.

Além disso, a Rússia intensificou sua ofensiva em Donetsk, pressionando as bolsas europeias e impactando o fluxo de capital para mercados emergentes, como o Brasil. O dólar comercial se valorizou frente ao real, encerrando o dia cotado a R$ 5,26.

Terça-feira (24/06) – Alívio temporário e reação técnica

Na terça-feira, o Ibovespa apresentou leve alta de 0,45%, fechando aos 137.165 pontos. Essa reação foi impulsionada por um movimento técnico de correção, após a queda da véspera. Os investidores reagiram positivamente à fala de dirigentes do Federal Reserve, que sinalizaram manutenção dos juros nos EUA por mais tempo, mas sem novas altas no curto prazo.

Além disso, o recuo parcial do dólar ajudou o mercado local, fechando o dia cotado a R$ 5,21. As criptomoedas, por sua vez, iniciaram recuperação, com o Bitcoin subindo 1,8%, cotado a US$ 61.300, refletindo apetite renovado por ativos de risco.

Quarta-feira (25/06) – Pressão com guerra e Selic no radar

A quarta-feira trouxe novo recuo do Ibovespa, com queda de -1,02% e fechamento em 135.767 pontos. Os investidores reagiram com cautela à expectativa de nova alta na taxa Selic pelo Banco Central do Brasil. Rumores de uma elevação de 0,25 p.p. para conter a inflação pressionaram os papéis de empresas sensíveis aos juros, como varejistas e construtoras.

No campo internacional, o aumento das tensões entre OTAN e Rússia elevou os preços das commodities e deteriorou o humor global. O índice Dow Jones caiu 0,6%, enquanto o Eurostoxx 50 recuou 0,7%. O dólar voltou a subir, fechando o dia a R$ 5,29.

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Quinta-feira (26/06) – Selic elevada e otimismo no mercado

Na quinta-feira, o Ibovespa se recuperou com alta expressiva de 0,99%, encerrando o dia aos 137.146 pontos. O movimento foi impulsionado pela decisão do Copom de elevar a taxa Selic para 11,25% ao ano, acima do esperado, o que trouxe confiança na atuação do Banco Central contra a inflação.

Os bancos lideraram os ganhos, com destaque para ações do Itaú e do Banco do Brasil. O dólar recuou para R$ 5,18, com investidores estrangeiros voltando a aportar em renda fixa local. O Bitcoin também valorizou 2,4%, superando a marca de US$ 62.500.

Sexta-feira (27/06) – Realização de lucros e ajustes técnicos

O último dia da semana foi de leve correção. O Ibovespa caiu -0,18%, fechando em 136.886 pontos. O mercado realizou lucros após a forte alta do dia anterior, com destaque para vendas em papéis ligados a commodities, influenciadas pela leve queda do petróleo e do minério de ferro.

No cenário internacional, os dados do PIB dos EUA vieram abaixo do esperado, o que aumentou as apostas em corte de juros no segundo semestre, fortalecendo os mercados acionários norte-americanos. No Brasil, o dólar oscilou pouco e fechou o dia em R$ 5,48.

Tabela 1 – Desempenho Diário do Ibovespa (23 a 27 de Junho de 2025)

DataAberturaFechamentoVariação (%)MínimoMáximo
23/06/2025136.551-0,41135.835137.130
24/06/2025137.116137.165+0,45136.254138.156
25/06/2025136.552135.767-1,02135.565137.163
26/06/2025137.163137.146+0,99135.756137.353
27/06/2025135.767136.886-0,18136.469137.209

Gráfico – Evolução do Ibovespa na Semana

Câmbio e Criptomoedas

Além disso, durante a última semana de junho, o câmbio foi altamente sensível às decisões de juros no Brasil e ao cenário internacional instável:

  • Dólar: oscilou entre R$ 5,48 e R$ 5,50, com fechamento semanal próximo de R$ 5,20.
  • Bitcoin: subiu de US$ 60.300 para US$ 62.500, refletindo maior busca por ativos digitais.
  • Ethereum: acompanhou o movimento, encerrando a semana acima dos US$ 3.400, com valorização acumulada de 3,2%.

Conclusão

Em síntese, a semana de 23 a 27 de junho de 2025 foi marcada por alta volatilidade nos mercados globais, impactados por tensões geopolíticas e decisões de política monetária. No Brasil, o Ibovespa oscilou diante da alta da Selic e da entrada de fluxos estrangeiros em renda fixa, enquanto o câmbio refletiu a dinâmica entre juros domésticos e aversão ao risco externo.

Enfim, apesar das incertezas, o índice brasileiro encerrou a última semana de junho levemente acima do patamar inicial, sustentado por boas performances em bancos e exportadoras. Já as criptomoedas mostraram resiliência, favorecidas pela busca global por diversificação.

por Mano Graal

Fonte: InfoMoney

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