Alívio nos Mercados Financeiros
A sexta-feira,11 de abril, encerrou a semana com um suspiro de alívio nos mercados financeiros. Após dias de incerteza, o Ibovespa avançou de forma expressiva, sustentado pela trégua nas tensões comerciais entre China e Estados Unidos, além de bons resultados corporativos vindos do Tio Sam. No cenário interno, dados econômicos positivos também contribuíram para o bom humor dos investidores. A seguir, entenda os principais fatores que impulsionaram os ativos nesta reta final de semana.
1. Ibovespa fecha em alta e respira após semanas negativas
O principal índice da Bolsa brasileira subiu 1,05%, encerrando o dia em 127.682,40 pontos, com ganho de 1.327,65 pontos.
Com isso, o Ibovespa registrou alta semanal de 0,34%, revertendo duas semanas anteriores de queda.
O desempenho reflete uma combinação de fatores externos e internos que devolveram otimismo aos mercados e provocou alívio nos mercados financeiros.
2. Dólar e juros futuros também recuam
O dólar comercial caiu 0,46%, cotado a R$ 5,871, acompanhando o enfraquecimento do risco global.
Os DIs (juros futuros) recuaram ao longo de toda a curva, reforçando a percepção de alívio no curto prazo.
O movimento sinaliza maior apetite por risco por parte dos investidores, diante de melhores perspectivas econômicas.
3. China endurece, mas tenta se posicionar como líder racional
Pela manhã, a China anunciou aumento de tarifas contra os EUA, elevando o imposto sobre produtos americanos para até 125%.
Apesar da retaliação, o discurso do presidente Xi Jinping adotou um tom conciliador. Ele destacou que uma guerra comercial só traria derrotas mútuas.
O governo chinês ainda afirmou que medidas tarifárias extremas seriam “uma piada na história da economia mundial”.
4. Casa Branca muda o tom e mostra otimismo
Após o anúncio da China, o governo dos Estados Unidos reagiu inicialmente com cautela, mas depois adotou postura mais aberta.
A Casa Branca declarou estar “otimista” quanto a um possível acordo comercial com a China.
Essa declaração animou os mercados, principalmente Wall Street, que reverteu perdas e fechou o dia com fortes altas.
5. Cresce o temor de recessão nos EUA
- Mesmo com o discurso mais suave, os efeitos das tarifas já começam a aparecer na economia americana.
- Um estudo recente aponta que tarifas de 25% podem gerar perdas de US$ 108 bilhões às montadoras dos EUA.
- Grandes nomes de Wall Street já demonstram preocupação. Larry Fink, CEO da BlackRock, afirmou que o país já está ou está prestes a entrar em recessão.
- Além disso, integrantes do Federal Reserve alertaram para riscos de inflação e aumento do desemprego com as medidas protecionistas.
6. Balanços nos EUA surpreendem positivamente
O clima em Nova York foi impulsionado por balanços corporativos melhores que o esperado.
Destaque para os bancos: Wells Fargo, JPMorgan, Morgan Stanley e BlackRock superaram projeções de lucro no 1º trimestre de 2025.
Esses resultados ajudaram a amenizar o pessimismo causado pelas tensões comerciais e pelo temor de recessão.
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7. Europa fecha em queda, mas por timing desfavorável
Os principais índices europeus encerraram o dia em baixa, pois fecharam antes das declarações otimistas de Trump.
Além disso, estudo revelou que a guerra comercial pode reduzir o PIB da Alemanha em mais de 1%, o que preocupa o bloco europeu, já que a Alemanha é seu motor econômico.
8. Cenário local também anima os investidores
No Brasil, o IPCA de março veio dentro das expectativas, mas analistas alertam que a inflação deve continuar pressionada até o 3º trimestre.
Já o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, subiu 0,4% em fevereiro, acima do previsto, puxado principalmente pelo setor agropecuário.
9. Ações de peso impulsionam o Ibovespa
Os grandes nomes da Bolsa se valorizaram, liderando o movimento de alta.
Vale (VALE3) subiu 1,67%, favorecida pela valorização do minério de ferro.
Petrobras (PETR4) avançou 1,99%, acompanhando a alta do petróleo no mercado internacional.
Os bancos também tiveram desempenho positivo: Banco do Brasil (BBAS3) subiu 0,87% após revisão de preço-alvo, enquanto Itaúsa (ITSA4) e Itaú (ITUB4) avançaram 1,05% e 0,51%, respectivamente.
10. Setores de varejo e frigoríficos também se destacam
Magazine Luiza (MGLU3) teve forte valorização de 2,55%, puxando outras varejistas junto.
Minerva (BEEF3) avançou 2,50%, com investidores apostando em ganhos para exportadoras em meio à guerra comercial.
No setor de construção, Cyrela (CYRE3) fechou com alta de 0,77%, após divulgação de dados operacionais do 1T25
Conclusão
Enfim, a semana se encerrou com um clima de cauteloso otimismo após alívio nos mercados financeiros. Apesar das tensões comerciais ainda estarem longe de uma solução definitiva, os discursos mais conciliadores e os balanços corporativos sólidos ajudaram a restaurar parte da confiança do mercado. Além disso, no Brasil, os dados econômicos reforçaram a resiliência da atividade e colaboraram para a alta do Ibovespa. As próximas semanas terão menos indicadores por conta dos feriados, mas os investidores seguirão atentos às negociações internacionais, que continuam a ditar o ritmo do mercado.
por Mano Graal