Moody’s Ratings Rebaixa Nota de Crédito dos EUA
Na última sexta-feira, 16 de maio, a Moody’s Ratings, uma das principais agências de classificação de risco do mundo, decidiu rebaixar a nota de crédito de longo prazo dos Estados Unidos, retirando o país da elite das economias com classificação AAA. Essa mudança sinaliza preocupações profundas sobre o futuro fiscal da maior economia do planeta.
Nesse sentido, em um mundo cada vez mais conectado pelos mercados financeiros, a solidez fiscal de uma nação impacta diretamente seus cidadãos, investidores e parceiros comerciais. O risco soberano, isto é, a capacidade de um país honrar suas dívidas, se torna um fator-chave para a estabilidade econômica global.
Rebaixamento histórico: dos EUA fora da elite do AAA
Em 16 de maio, a Moody’s Ratings rebaixou a nota de crédito de emissor de longo prazo dos Estados Unidos de AAA para AA1.
Essa decisão retira os EUA de um seleto grupo de apenas nove países, entre eles Austrália, Alemanha e Cingapura, que ainda mantêm a nota máxima de crédito.
A perspectiva do rating, antes negativa, passou a ser estável, o que indica que não há expectativa de novos rebaixamentos a curto prazo, mas também não há motivos para elevação imediata.
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Motivos do rebaixamento
A Moody’s Ratings justifica a medida pelo crescimento persistente da dívida pública ao longo da última década.
O aumento expressivo dos pagamentos de juros preocupa os analistas, pois coloca os EUA em desvantagem frente a outros países com nota semelhante.
Segundo a agência, as administrações americanas e o Congresso falharam sistematicamente em conter os déficits fiscais anuais, o que agrava ainda mais o quadro.
As propostas atualmente em discussão não trazem soluções robustas para reduzir os gastos obrigatórios e os déficits de forma sustentável.
Projeções alarmantes para a dívida pública
- A Moody’s estima que o ônus da dívida federal dos EUA saltará para 134% do PIB até 2035, frente aos 98% registrados em 2024.
- Mesmo com uma leve desaceleração no curto prazo, os gastos com direitos sociais devem aumentar, enquanto a receita governamental tende a se manter estável, gerando desequilíbrio contínuo.
- Apesar disso, a agência ressalta que o crescimento de longo prazo do PIB não será drasticamente afetado por tarifas comerciais ou outras medidas pontuais.
Pontos positivos ainda mantêm confiança no país
- A Moody’s destaca que o dólar segue como a moeda de reserva dominante, o que fortalece a posição americana no sistema financeiro global.
- A política monetária dos EUA continua sob a liderança de um Federal Reserve independente, fator que contribui para a estabilidade macroeconômica.
- Os tetos de rating de longo prazo tanto em moeda local quanto estrangeira continuam em AAA, evidenciando que, apesar do rebaixamento, os EUA ainda mantêm fundamentos robustos.
O papel das agências de rating no mercado
- As agências de rating funcionam como o equivalente internacional da Serasa brasileira. Elas informam investidores sobre o nível de risco associado a emprestar dinheiro a governos ou empresas.
- As três maiores – Moody’s, Fitch e S&P – dominam cerca de 80% do mercado global de classificação de risco.
- Elas avaliam a probabilidade de calote (default). Quanto maior o risco, maior o custo para o país ou empresa captar recursos.
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Como interpretar as notas de crédito
- As notas funcionam como um boletim escolar financeiro, mas com mais níveis e símbolos.
- A classificação vai de AAA (nota máxima) até D (default), passando por dezenas de combinações intermediárias.
- Existem três grandes grupos:
- Grau de investimento – subdividido em alta e média qualidade. Os melhores pagadores estão aqui.
- Grau especulativo – conhecidos como junk bonds, têm maior risco e, portanto, maior retorno potencial.
- Categoria C – representa o risco elevado de inadimplência.
Consequências para os Estados Unidos e o mercado
- O rebaixamento torna mais caro captar recursos no mercado internacional.
- Investidores mais conservadores podem reduzir exposição a títulos do Tesouro Americano.
- Esse movimento pode pressionar ainda mais os juros de longo prazo, aumentando o custo da dívida.
- Também reforça a necessidade de reformas fiscais estruturais, que reduzam o déficit e melhorem a eficiência do gasto público.
Conclusão: Alerta que não pode ser ignorado
O rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s serve como um sinal de alerta para os mercados globais e para o próprio governo americano. Embora o país ainda mantenha características sólidas, como a confiança no dólar e uma política monetária eficaz, o crescente endividamento, aliado à inação política diante dos déficits, coloca em risco sua posição privilegiada. A elite do AAA agora é ainda mais exclusiva, e para que os EUA voltem a integrar esse grupo seleto, será necessário um esforço conjunto de liderança política, controle de gastos e responsabilidade fiscal. Para os investidores, entender os sinais enviados pelas agências de rating se torna cada vez mais essencial para decisões conscientes e rentáveis.
por Mano Graal
Fonte: InfoMoney