Prévia da FGVA: PIB do Brasil cresce 1,6% no 1º trimestre
A economia do Brasil iniciou 2025 com um desempenho positivo. De acordo com o Monitor do PIB, levantamento mensal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,6% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, com dados dessazonalizados. Na comparação com o mesmo período de 2024, o avanço foi de 3,1%. Já no acumulado de 12 meses, a expansão atingiu 3,5%. Esses números sinalizam uma reversão da tendência de desaceleração observada ao longo de 2024.
🧭 Visão Geral do Desempenho Econômico
Indicador Econômico | Variação (%) |
---|---|
PIB – 1º trimestre 2025 vs 4º tri 2024 | 1,6% |
PIB – 1º trimestre 2025 vs 1º tri 2024 | 3,1% |
PIB – Acumulado em 12 meses | 3,5% |
IBC-Br – Acumulado em 12 meses (BC) | 4,2% |
Valor estimado do PIB no 1º tri de 2025 | R$ 3,393 trilhões |
A comparação trimestral leva em consideração ajustes sazonais, eliminando variações naturais do calendário e facilitando uma análise mais precisa.
🌾 Agropecuária lidera com forte crescimento
A principal contribuição para o crescimento veio da agropecuária, com uma impressionante alta de 12,2% no trimestre. Segundo a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, esse setor se beneficiou de boas safras e aumento das exportações. A força do agronegócio tem impulsionado o PIB brasileiro com regularidade nos últimos anos.
🧰 Serviços também avançam
O setor de serviços, que representa a maior fatia da economia, cresceu 1,3%. O bom desempenho se deve, em parte, ao aumento do consumo interno e à recuperação de atividades ligadas ao turismo, alimentação e transporte.
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🏭 Indústria continua estagnada
Ao contrário dos demais setores, a indústria teve um comportamento decepcionante. Apesar de algumas atividades industriais mostrarem crescimento, a indústria de transformação, que responde por grande parte do setor, apresentou estagnação. Esse movimento acabou neutralizando ganhos de outros segmentos industriais, resultando em estagnação geral.
Setor Econômico | Variação no 1º tri de 2025 |
---|---|
Agropecuária | +12,2% |
Serviços | +1,3% |
Indústria | 0,1% |
📈 Exportações voltam a crescer
Outro ponto positivo do trimestre foi o avanço das exportações, que cresceram 2,8%. Produtos agropecuários, como soja e milho, lideraram esse movimento. A demanda externa ajudou a compensar parte da fraqueza interna, especialmente no setor industrial.
🛒 Consumo das famílias cresce, mas desacelera
O consumo das famílias aumentou 2,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2024. Embora o número esteja em campo positivo, ele representa uma desaceleração em relação aos 3,7% registrados no quarto trimestre de 2024. Fatores como inflação moderada e taxa de juros ainda elevada podem estar impactando a disposição dos brasileiros para consumir.
🏗️ Investimentos em queda
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que mede os investimentos em máquinas, equipamentos e construção civil, cresceu 6,9% ante o mesmo trimestre de 2024. No entanto, também apresenta tendência de desaceleração, pois no terceiro trimestre do ano passado o crescimento foi de 10,8%.
Indicador | 3º tri/24 | 4º tri/24 | 1º tri/25 |
---|---|---|---|
Consumo das famílias (%) | 4,2% | 3,7% | 2,7% |
Formação Bruta de Capital Fixo (%) | 10,8% | 8,3% | 6,9% |
📊 Gráfico: Variação trimestral do PIB (%)
2,5 ────────────────●
2,0 ───────────────●
1,5 ─────────────●─┘
1,0 ────────●───┘
0,5 ─────●─┘
0,0 ───●
3ºT/24 4ºT/24 1ºT/25
Fonte: FGV/Ibre – PIB dessazonalizado
🗺️ Mapa 1 – Crescimento Econômico Regional no 1º Trimestre de 2025 (%)
Legenda – Crescimento estimado por região no 1º trimestre de 2025 (trimestre contra trimestre anterior):
Região | Crescimento Estimado (%) | Destaques |
---|---|---|
Norte | +1,9% | Exportações de commodities minerais e agropecuárias (Pará e Rondônia) |
Nordeste | +1,2% | Turismo e serviços regionais impulsionados na Bahia e Ceará |
Centro-Oeste | +2,3% | Forte desempenho do agronegócio em Mato Grosso e Goiás |
Sudeste | +1,4% | Serviços e comércio em SP e RJ compensam leve retração industrial |
Sul | +1,8% | Produção agroindustrial e exportações no Paraná e Rio Grande do Sul |
Observação: Os dados são baseados em séries regionais do IBC-Br e projeções de institutos estaduais de estatística.
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🗺️ Mapa 2 – Participação Regional no PIB Nacional (%)
Fonte: IBGE/FGV, com base em dados de 2022 e projeções de crescimento 2025.
Região | Participação aproximada no PIB (%) |
---|---|
Sudeste | 53% |
Sul | 17% |
Nordeste | 14% |
Centro-Oeste | 10% |
Norte | 6% |
O Sudeste continua liderando o PIB nacional, mas o Centro-Oeste e o Norte têm ganhado destaque com o avanço do agronegócio e da mineração.
📌 Análise Regional
- Centro-Oeste: O maior destaque nacional. Estados como Mato Grosso e Goiás apresentaram desempenho robusto devido à colheita recorde de soja e milho.
- Sul: Teve bom desempenho graças à indústria alimentícia, setor calçadista e exportações agrícolas, apesar de sofrer com problemas climáticos em partes do RS.
- Sudeste: Mesmo com indústria de transformação retraída em São Paulo e Minas Gerais, o crescimento de serviços e do consumo sustentou a alta.
- Nordeste: Registrou crescimento mais moderado, com destaque para o setor de turismo, mas ainda enfrenta desafios em infraestrutura e logística.
- Norte: Avanço puxado pela extração mineral no Pará e aumento na exportação de produtos florestais e agropecuários em Rondônia e Tocantins.
Os mapas revelam que o crescimento econômico do Brasil no início de 2025 teve grande diversidade regional, com destaque absoluto para o Centro-Oeste e bom desempenho no Norte e Sul. O Sudeste, apesar da estagnação industrial, manteve crescimento graças ao setor de serviços. Já o Nordeste, embora com alta mais contida, mostra recuperação progressiva, especialmente nas áreas turísticas e de comércio.
Essas diferenças regionais reforçam a necessidade de políticas públicas adaptadas à realidade local, valorizando os potenciais produtivos específicos de cada região.
🔍 Expectativa para o dado oficial
O dado oficial do PIB será divulgado pelo IBGE em 30 de maio. Embora o Monitor do PIB da FGV funcione como uma prévia confiável, o resultado do IBGE é mais completo e definitivo. Também vale destacar que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apontou crescimento de 1,3% no mesmo período, reforçando a tendência de retomada.
🧾 Conclusão: Crescimento com ressalvas
Em síntese, O crescimento de 1,6% no primeiro trimestre de 2025 representa um alívio após a estagnação registrada no fim de 2024. O desempenho robusto da agropecuária e a retomada nos serviços sustentaram a expansão do PIB. No entanto, há sinais de fragilidade, como a estagnação da indústria, a desaceleração do consumo e a queda nos investimentos.
A economia brasileira mostra capacidade de recuperação, mas ainda enfrenta desafios estruturais, como a elevada carga tributária, infraestrutura deficiente e juros altos. Para manter a trajetória de crescimento sustentável, será fundamental estimular a produtividade e criar um ambiente favorável ao investimento privado.
As próximas leituras econômicas e os desdobramentos da política monetária devem influenciar o ritmo da economia nos próximos trimestres. Enquanto isso, os dados do primeiro trimestre são um bom sinal, mas exigem cautela e atenção aos fundamentos.
por Mano Graal
Fonte: FGVA/Brasil 247