Itaúsa (ITSA4) Pagará R$ 650 Milhões em JCPs
A Itaúsa (ITSA4), uma das maiores holdings brasileiras, surpreendeu positivamente o mercado ao anunciar, em 16 de junho de 2025, o pagamento de R$ 650 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCPs). Essa distribuição de proventos, amplamente aguardada pelos acionistas, reafirma o compromisso da empresa com a geração de valor consistente. Além disso, o anúncio demonstra a força operacional da holding, especialmente após um primeiro trimestre de resultados sólidos. Para compreender os impactos dessa distribuição, é essencial analisar os valores detalhados, as datas relevantes e o contexto financeiro da empresa.
Detalhamento dos JCPs Anunciados
A Itaúsa especificou que cada ação ordinária e preferencial dará direito a R$ 0,0591 em JCPs brutos. Após a dedução do imposto de renda retido na fonte (15%), o valor líquido por ação será de aproximadamente R$ 0,050.
- 📌 Total Bruto Anunciado: R$ 650 milhões
- 📌 Total Líquido Após IR: R$ 553 milhões
- 📌 Valor Bruto por Ação: R$ 0,0591
- 📌 Valor Líquido por Ação: R$ 0,050
Importante destacar que os acionistas que detiverem ações até 20 de junho de 2025 terão direito ao recebimento. A partir de 21 de junho, as ações passarão a ser negociadas “ex-JCP”. O pagamento será efetuado até 29 de agosto de 2025, permitindo que investidores se programem com antecedência. Observe a Tabela 1 – Resumo dos JCPs da Itaúsa

Impacto no Dividend Yield e Comparação Setorial
O pagamento anunciado representa um reforço no dividend yield anualizado da Itaúsa, que está atualmente em 8,71%, conforme cálculos da Daycoval. Este percentual se mostra especialmente atrativo quando comparado à média de empresas do setor financeiro e de outras holdings brasileiras, cuja média gira em torno de 6% a 7% ao ano.
Tabela 2 – Comparação de Dividend Yield no Setor
Empresa | Dividend Yield (%) |
---|---|
Itaúsa (ITSA4) | 8,71% |
Bradespar (BRAP4) | 6,85% |
Cosan (CSAN3) | 6,10% |
Média do Setor | 7,00% |
Além disso, o elevado dividend yield da Itaúsa reforça sua atratividade no cenário atual de inflação controlada e juros em tendência de queda. Isso ocorre porque, em momentos como este, investidores priorizam empresas que oferecem fluxo de caixa consistente e rentabilidade superior à renda fixa.
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Performance Financeira Sólida no 1º Trimestre de 2025
A Itaúsa também apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, o que representa um crescimento expressivo de 8% em comparação ao mesmo período de 2024. Este resultado foi impulsionado, sobretudo, pela melhora operacional de suas controladas, como Itaú Unibanco e Alpargatas. Veja no Gráfico 1, a Evolução do Lucro Líquido Recorrente (R$ bilhões)

Além disso, a rentabilidade da Itaúsa se manteve robusta, com margens sólidas e boa disciplina de custos. A recuperação gradual de setores-chave, como financeiro e consumo, contribuiu para o desempenho superior.
Juros Sobre Capital Próprio: Benefício Fiscal e Estratégia de Longo Prazo
Ao optar por remunerar acionistas via JCPs, a Itaúsa usufrui de vantagens fiscais importantes, uma vez que os juros sobre capital próprio são dedutíveis da base tributável da empresa. Este modelo de distribuição permite que a companhia reduza a carga tributária e, simultaneamente, entregue retornos relevantes aos investidores.
Além disso, a prática consistente de pagamento de JCPs e dividendos cria um ciclo virtuoso de confiança no mercado, consolidando a Itaúsa como uma opção defensiva e previsível para investidores que buscam geração de renda passiva.
Perspectivas e Próximos Passos
As perspectivas para a Itaúsa em 2025 permanecem positivas. A continuidade da recuperação da economia, combinada com um cenário de juros em baixa, deve favorecer as operações da holding e de suas controladas. Além disso, a gestão eficiente dos investimentos e a estratégia de diversificação setorial tendem a sustentar o crescimento sustentável da empresa.
Mapa 1 – Participações Estratégicas da Itaúsa no Brasil

Conclusão
Em síntese, o pagamento de R$ 650 milhões em JCPs anunciado pela Itaúsa reforça seu posicionamento como uma das empresas mais sólidas e atrativas da B3. O dividend yield acima da média, a performance financeira consistente e a política transparente de distribuição de proventos demonstram o alinhamento da companhia com os interesses de seus acionistas.
Além disso, os resultados crescentes e a previsibilidade no pagamento de rendimentos fortalecem a percepção de que a Itaúsa seguirá como uma excelente escolha para investidores que buscam equilíbrio entre crescimento e geração de caixa recorrente. Assim, aqueles que buscam oportunidades estáveis e rentáveis no mercado acionário devem continuar acompanhando os movimentos da empresa de perto.
por Mano Graal
Fonte: Money Times
Foto: Money Times