DESEMPREGO ATINGE MENOR NÍVEL DA HISTÓRIA

O desemprego no Brasil registrou, no trimestre encerrado em junho de 2025, uma das marcas mais expressivas da última década no que diz respeito ao mercado de trabalho. De fato, a taxa de desocupação caiu para 5,8%, representando não apenas um avanço significativo frente aos trimestres anteriores, mas também consolidando-se como o menor patamar desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. Além disso, esse cenário positivo ocorre em meio ao crescimento do emprego formal, à ampliação da massa salarial e à retração significativa do desalento, o que reforça a percepção de um mercado de trabalho mais dinâmico. A seguir, apresentamos os principais destaques da pesquisa divulgada pelo IBGE, organizados em tópicos que trazem análises detalhadas, comparações históricas e representações visuais.

📉 1. Queda histórica na taxa de desemprego

Em primeiro lugar, é importante destacar que a taxa de desocupação ou desemprego no trimestre de abril a junho de 2025 caiu para 5,8%, o que representa:

  • Uma redução de 1,2 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior (7,0%);
  • Uma queda de 1,1 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024 (6,9%);
  • E, sobretudo, o menor nível da série histórica, iniciada em 2012.

📈 2. Ocupação e força de trabalho em expansão

Em segundo lugar, vale observar que a população ocupada também bateu recordes importantes:

  • 102,3 milhões de brasileiros estavam ocupados até junho, registrando um crescimento de 1,8% frente ao trimestre anterior.
  • Além disso, em relação ao mesmo período de 2024, o aumento foi de 2,4%, representando 2,4 milhões de novos postos de trabalho.
  • Consequentemente, o nível de ocupação atingiu 58,8%, igualando o recorde do trimestre encerrado em novembro de 2024.

Tabela 1: População ocupada e nível de ocupação (2024–2025)

TrimestreOcupados (milhões)Nível de Ocupação (%)
Jan–Mar 2025100,557,8
Abr–Jun 2025102,358,8

👔 3. Emprego formal lidera crescimento

Paralelamente, o mercado formal foi o grande destaque, demonstrando maior robustez:

  • O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39,0 milhões, estabelecendo um novo recorde.
  • Além disso, houve alta de 0,9% em relação ao trimestre anterior.
  • Quando comparado ao mesmo trimestre de 2024, o crescimento foi de 3,7%.

Por outro lado, o número de trabalhadores por conta própria com CNPJ também aumentou 3,8% (mais 256 mil pessoas), reforçando o dinamismo do setor produtivo.

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🔍 4. Informalidade em queda

Ao mesmo tempo, a taxa de informalidade apresentou queda:

  • Passou de 38,0% para 37,8% entre os trimestres.
  • Equivale a 38,7 milhões de trabalhadores informais.
  • Nesse sentido, esse índice é o segundo menor já registrado, atrás apenas do segundo trimestre de 2020 (36,6%).

🧭 5. Redução do desalento

No mesmo sentido, o número de desalentados apresentou queda expressiva:

  • Houve redução de 13,7% em relação ao trimestre anterior.
  • Além disso, a queda foi de 14,0% na comparação anual.
  • Dessa forma, o total de 2,8 milhões de pessoas desalentadas representa o menor número desde 2016.

Mapa 1: Distribuição de desalentados por região (Abr-Jun 2025)
(Inserir mapa temático com cores por estado mostrando queda do desalento)

🏛️ 6. Setores com maior geração de emprego

No que diz respeito aos setores produtivos, entre os dez grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua, os seguintes registraram expansão no emprego:

SetorCrescimento Anual (%)Variação em pessoas
Indústria geral4,9%+615 mil
Comércio e reparação3,0%+561 mil
Transporte e armazenagem5,9%+331 mil
Serviços profissionais e financeiros3,8%+483 mil
Administração pública e educação3,7%+680 mil

Dessa maneira, o setor de Educação destacou-se como o principal motor do crescimento na área pública.

💰 7. Rendimento médio e massa salarial batem recordes

Por consequência, o avanço do emprego também impulsionou a renda da população:

  • Rendimento médio mensal: R$ 3.477, crescimento de 1,1% no trimestre e 3,3% no ano.
  • Massa de rendimento real habitual: R$ 351,2 bilhões, maior da série histórica.
    • Alta de 2,9% no trimestre (R$ 9,9 bilhões a mais).
    • Crescimento de 5,9% na comparação anual (R$ 19,7 bilhões a mais).

📊 8. Subutilização da força de trabalho em retração

Por fim, a taxa composta de subutilização caiu para 14,4%, frente a:

  • 15,9% no trimestre anterior;
  • 16,4% no mesmo período de 2024.

Com isso, nota-se uma melhora no aproveitamento da capacidade produtiva da força de trabalho brasileira.

📝 Conclusão: sinais de recuperação consistente e estruturada

Em síntese, os dados da PNAD Contínua divulgados pelo IBGE revelam uma conjuntura econômica bastante positiva para o Brasil no primeiro semestre de 2025. Afinal, a combinação de recordes no emprego formal, queda do desemprego e do desalento e melhoria no rendimento médio real sinaliza um cenário de recuperação robusta e consistente do mercado de trabalho.

Por outro lado, é importante reconhecer que desafios ainda persistem — como a necessidade de reduzir ainda mais a informalidade e consolidar ganhos em produtividade. Entretanto, os resultados indicam que as políticas públicas voltadas à geração de empregos e à valorização do trabalho têm surtido efeitos concretos. Desse modo, a próxima divulgação da PNAD, marcada para 29 de agosto de 2025, será essencial para verificar se essa trajetória de crescimento e inclusão no mercado de trabalho se manterá.

por Mano Graal

Fonte: IBGE / ICLNoticias

Imagens: ChatGPT / FreePik